terça-feira, novembro 16, 2010

de Montréal

Pois então, de volta ao blog.
Escrevendo agora direto de Montréal, Québec. Faz mais ou menos um mês que mudei de Gatineau, no meio do outono e todas as folhas caindo. Quase todas.

No meio de caixas e reorganização de vida na nova cidade, percebo uma cidade muito mais a minha cara do que Gatineau, mas ao mesmo tempo, o peso da metrópole, em termos de concorrência.

Da o maior prazer de caminhar nas ruas e sentir cheiros de comidas diferentes, curry, grelhados, doces. Cheiro de padaria, sabe? Eu estava com saudade de cheiro de padaria. Ver diversidade e ter o agradável sentimento de estar so na multidão.

Ter transporte publico que funciona, é outra enorme vantagem de Montréal. Eu que sempre vivi em Porto Alegre, achava meio inconcebível que Gatineau/Ottawa, cidades coladas, totalizando mais de um milhão e quinhentos mil habitantes não tenham um sistema de transporte publico decente. Pois não tem. Depois de três ônibus diferentes e três horas e meia de viagem eu chegava no meu trabalho. De carro, por volta de 45 à 50 minutos. Domingo esquece de sair de casa de ônibus, pois onde eu morava não tinha.

Ao mesmo tempo, concentrações populacionais representam mais gente querendo o mesmo lugar para estacionar, mais candidatos para o mesmo emprego. O negócio de achar um lugar ao sol por aqui me parece bem mais complicado do que lá, por razoes obvias: tem mais gente na praia.

Mas a gente compensa com persistência e uma caminhada pra ir buscar sushi e berejas ali na esquina.