Pois então, de volta ao blog.
Escrevendo agora direto de Montréal, Québec. Faz mais ou menos um mês que mudei de Gatineau, no meio do outono e todas as folhas caindo. Quase todas.
No meio de caixas e reorganização de vida na nova cidade, percebo uma cidade muito mais a minha cara do que Gatineau, mas ao mesmo tempo, o peso da metrópole, em termos de concorrência.
Da o maior prazer de caminhar nas ruas e sentir cheiros de comidas diferentes, curry, grelhados, doces. Cheiro de padaria, sabe? Eu estava com saudade de cheiro de padaria. Ver diversidade e ter o agradável sentimento de estar so na multidão.
Ter transporte publico que funciona, é outra enorme vantagem de Montréal. Eu que sempre vivi em Porto Alegre, achava meio inconcebível que Gatineau/Ottawa, cidades coladas, totalizando mais de um milhão e quinhentos mil habitantes não tenham um sistema de transporte publico decente. Pois não tem. Depois de três ônibus diferentes e três horas e meia de viagem eu chegava no meu trabalho. De carro, por volta de 45 à 50 minutos. Domingo esquece de sair de casa de ônibus, pois onde eu morava não tinha.
Ao mesmo tempo, concentrações populacionais representam mais gente querendo o mesmo lugar para estacionar, mais candidatos para o mesmo emprego. O negócio de achar um lugar ao sol por aqui me parece bem mais complicado do que lá, por razoes obvias: tem mais gente na praia.
Mas a gente compensa com persistência e uma caminhada pra ir buscar sushi e berejas ali na esquina.