Ultimamente tenho lido vários blogs de pessoas que estão querendo ir pra Canadá, alguns que estão quase lá e outros que já chegaram.
Quase todos brasileiros que passaram pelo processo de imigração, ou que estão por lá porque se apaixonaram e o coração decidiu ficar.
O mais legal é que compartilham suas experiências online. As dúvidas e receios não são muito diferentes, todo mundo se preocupa com habitação, conseguir trabalho, validação dos diplomas, adaptação aos costumes, a língua, ao inverno de seis meses.
Por isso coloquei aqui alguns links, é um barato acompanhar as aventuras de cada um pelo mundo.
quinta-feira, julho 27, 2006
quarta-feira, julho 26, 2006
A Neve e o Silicone *
O Brasil, envolvido pelos conceitos cibernéticos e manufaturados que permeiam as mentes no início do século XXI, vem tornando-se, cada vez mais, o país do “fake”.
Já estamos muito bem posicionados no ranking dos países que mais realizam plásticas no mundo, e, adoramos como ninguém as alternativas modernas para transformar a realidade.
O olho é castanho? Simples, coloca uma lente. O cabelo é crespo? Faz alisamento baratinho, escova tailandesa caríssima, secador, chapinha, ferro de passar...vale tudo! Índias de cabelos loiros, negras ruivas, dezoito ou dezenove cirurgias plásticas para virar Miss Brasil. E vira Miss Brasil, porque o que importa é o que aparece. E viva o silicone!
Mas a da neve na serra gaúcha foi a melhor das últimas notícias do mundinho do simulacro. Querem neve, não tem neve –fabrica alguma, oras...Afinal tem que dar o que as pessoas desejam, não é mesmo? E a neve, branquinha, que sai da maquininha ao invés de cair das nuvens vai cobrindo o chão, e os berros das crianças alucinando com as bolotas geladas na nuca vai tomando conta da poluição sonora do momento.
Já pensou: a loiraartificial de peitoartificial divertindo-se na neveartificial...
Na verdade, o simulacro, o fake, o falso, o que “não é mas parece” conquistou seu espaço definitivo e já não sabemos viver sem esse conceito, aplicado a tantas milhares de situações a nossa volta. E com certeza o “fake” tem um grande charme. Na dose certa, negras ruivas e índias loiras, de cabeça raspada ou azul podem ser imagens deveras instigantes, interessantes e criativas. As possibilidades de expressão pessoal se abrem e as pessoas podem ser mais parecidas com o que gostariam de externar pro mundo. Afinal, se o meu nariz grande ou as minhas orelhas de abano me atrapalharam a vida inteira, porque não me livrar disso com um passe de bisturis e ter a chance de me sentir infinitamente melhor. E porque não, finalmente se atirar um monte de neve fofa, mesmo sem sair do interior do Rio Grande do Sul?
O fundamental nessa brincadeira é a gente não se perder e começar a achar que o falso é mais bonito que o de verdade, ou mais importante. Porque um par de peitos de silicone não é a chave da felicidade eterna (até porque as próteses têm prazo de validade curto) e mudança mesmo, daquelas pra valer - de atitude, de posicionamento, de sentimento - acontece é de dentro pra fora. Essa, não pode ser “fake”.
*esse texto é de julho/2005.
Já estamos muito bem posicionados no ranking dos países que mais realizam plásticas no mundo, e, adoramos como ninguém as alternativas modernas para transformar a realidade.
O olho é castanho? Simples, coloca uma lente. O cabelo é crespo? Faz alisamento baratinho, escova tailandesa caríssima, secador, chapinha, ferro de passar...vale tudo! Índias de cabelos loiros, negras ruivas, dezoito ou dezenove cirurgias plásticas para virar Miss Brasil. E vira Miss Brasil, porque o que importa é o que aparece. E viva o silicone!
Mas a da neve na serra gaúcha foi a melhor das últimas notícias do mundinho do simulacro. Querem neve, não tem neve –fabrica alguma, oras...Afinal tem que dar o que as pessoas desejam, não é mesmo? E a neve, branquinha, que sai da maquininha ao invés de cair das nuvens vai cobrindo o chão, e os berros das crianças alucinando com as bolotas geladas na nuca vai tomando conta da poluição sonora do momento.
Já pensou: a loiraartificial de peitoartificial divertindo-se na neveartificial...
Na verdade, o simulacro, o fake, o falso, o que “não é mas parece” conquistou seu espaço definitivo e já não sabemos viver sem esse conceito, aplicado a tantas milhares de situações a nossa volta. E com certeza o “fake” tem um grande charme. Na dose certa, negras ruivas e índias loiras, de cabeça raspada ou azul podem ser imagens deveras instigantes, interessantes e criativas. As possibilidades de expressão pessoal se abrem e as pessoas podem ser mais parecidas com o que gostariam de externar pro mundo. Afinal, se o meu nariz grande ou as minhas orelhas de abano me atrapalharam a vida inteira, porque não me livrar disso com um passe de bisturis e ter a chance de me sentir infinitamente melhor. E porque não, finalmente se atirar um monte de neve fofa, mesmo sem sair do interior do Rio Grande do Sul?
O fundamental nessa brincadeira é a gente não se perder e começar a achar que o falso é mais bonito que o de verdade, ou mais importante. Porque um par de peitos de silicone não é a chave da felicidade eterna (até porque as próteses têm prazo de validade curto) e mudança mesmo, daquelas pra valer - de atitude, de posicionamento, de sentimento - acontece é de dentro pra fora. Essa, não pode ser “fake”.
*esse texto é de julho/2005.
terça-feira, julho 25, 2006
pedacinhos de papel
Estou em um momentinho “seleção de objetos” na minha vida. Estou aproveitando o break das aulas agora em julho para colocar minha casa em dia, e simplesmente desaparecer com todos os objetos que não sejam absolutamente necessários. Outro dia estava no capítulo “papelada”. Acho que todo nós, em algum momento, vamos juntando aquelas pilhas de papel, escondendo-os em pastas, gavetas, estantes, malas embaixo da cama – mas invariavelmente chega o dia em que você tem que separar o que é importante do que vai fora, e aí é que são elas.
Um universo de recibos, as contas pagas e as que não foram, recados, fotocópias, convites de milhares de exposições, notícias, receitas recortadas de jornal, uma folha do projeto estava faltando, enfim, a vida da gente ali impressa em pedaços...
Passar novamente por estes papéis é voltar no passado. Ás vezes se percebe como as coisas mudaram, aparecem telefones de pessoas que eram próximas e nunca mais se viu, e-mails de negócios super importantes, que já passaram e agora não significam nada, a lista de cd’s que você queria comprar e as notinhas de mercado de outros dias.
Mergulhada na minha arrumação, achei um e-mail impresso de 1999; sobre algo que está se realizando bem agora, vários anos depois – foi uma sensação muito legal de constatar que nesse nosso mundo do efêmero e do descartável, por incrível que pareça, existem algumas coisas que ficam para sempre.
Um universo de recibos, as contas pagas e as que não foram, recados, fotocópias, convites de milhares de exposições, notícias, receitas recortadas de jornal, uma folha do projeto estava faltando, enfim, a vida da gente ali impressa em pedaços...
Passar novamente por estes papéis é voltar no passado. Ás vezes se percebe como as coisas mudaram, aparecem telefones de pessoas que eram próximas e nunca mais se viu, e-mails de negócios super importantes, que já passaram e agora não significam nada, a lista de cd’s que você queria comprar e as notinhas de mercado de outros dias.
Mergulhada na minha arrumação, achei um e-mail impresso de 1999; sobre algo que está se realizando bem agora, vários anos depois – foi uma sensação muito legal de constatar que nesse nosso mundo do efêmero e do descartável, por incrível que pareça, existem algumas coisas que ficam para sempre.
web of life...
sexta-feira, julho 21, 2006
segunda-feira, julho 17, 2006
As garotas e o abridor de vinho
Tarde de domingo chuvosa, aquele dia cinza que pinga em você...fazer o quê?
Ficar juntinho com o seu amor seria uma grande pedida, mas como nem sempre é possível, e no meu caso meu amor tá lá do outro lado do planeta, no paralelo 45º norte, confesso que eu estava entediada ontem a tarde.
Até receber o telefonema da Dani sugerindo um vinho e um bom papo, ótimo, adorei!
Aí na hora de abrir o tal do vinho argentino, eu desenrolo um monte de elogios ao meu abridor de R$ 2,50, que nunca falhou, e ele dá o maior vexame, quebra a rolha no meio...enfim um fiasco na hora "H"...
Ainda bem que nada mais nos surpreende ( ou quase nada), e fomos direto ao mais importante - beber! Chegamos à conclusão que os argentinos são mais bonitinhos, mas em matéria de vinho os chilenos ganham longe...
Ficar juntinho com o seu amor seria uma grande pedida, mas como nem sempre é possível, e no meu caso meu amor tá lá do outro lado do planeta, no paralelo 45º norte, confesso que eu estava entediada ontem a tarde.
Até receber o telefonema da Dani sugerindo um vinho e um bom papo, ótimo, adorei!
Aí na hora de abrir o tal do vinho argentino, eu desenrolo um monte de elogios ao meu abridor de R$ 2,50, que nunca falhou, e ele dá o maior vexame, quebra a rolha no meio...enfim um fiasco na hora "H"...
Ainda bem que nada mais nos surpreende ( ou quase nada), e fomos direto ao mais importante - beber! Chegamos à conclusão que os argentinos são mais bonitinhos, mas em matéria de vinho os chilenos ganham longe...
sábado, julho 15, 2006
enfim julho...
Férias, final de semestre...enfim julho! Os últimos meses foram de um absoluto "tudoaomesmotempoagora". Incrível, mas funcionou, parece que consegui fazer tudo. Em momentos como esse que a gente percebe como o mundo exige das mulheres.Temos que ser inteligentes, bem sucedidas, produtivas, bem-humoradas, tudo isso com as unhas feitas, o cabelo arrumado, a cintura malhada em cima de um salto fininho! Sinceramente, eu não consigo! Pas capable - especialmente o saltinho fino. Será que ás vezes não nos cobramos demais ou usamos modelos irreais? Sabe de uma coisa, a minha maior ambição agora é ler uns livros bons, terminar meu Camus e o Chaucer, tomando um chimarrão e me esquentando num solzinho de final de manhã - Por isso colabora São Pedro, que não aguento mais chuva! Give us a break...
quinta-feira, julho 13, 2006
foi um dia desses...
Depois de tentar os tipos certinhos, bem-proporcionados e com cara de Baby Johnson, e não achar muitos sabor, comecei a me interessar por tipos, arquétipos diferentes... o ator com cara "estranha", o homem soturno de capa e guarda-chuva, o dançarino de flamenco, carecas, gordinhos de óculos, metaleiros cabeludos parecidos com o ANIMAL... tudo na tentativa de achar um charme especial, uma qualidade perdida, algo que merecesse minha atenção.
Nesse momento da minha vida encontrei você...
Tão perdido como eu pelas ruas, pela vida...
Foi amor a primeira vista.
Agora sei que só você me entende, mas te faltam palavras para dizer.
Gosto do modo como você me protege quando passeamos a sós pela rua, e do modo como você se comove com a lua cheia. Adoro te abraçar, mesmo você sendo tão peludo. Quando enches minhas faces de beijos lambidos, sei que retribuis meu amor por ti.
E o melhor, cada vez que te chamo de CACHORRO abanas o rabo para mim!!!!!!!!!!!!
TE AMO, REX!!!!!
Nesse momento da minha vida encontrei você...
Tão perdido como eu pelas ruas, pela vida...
Foi amor a primeira vista.
Agora sei que só você me entende, mas te faltam palavras para dizer.
Gosto do modo como você me protege quando passeamos a sós pela rua, e do modo como você se comove com a lua cheia. Adoro te abraçar, mesmo você sendo tão peludo. Quando enches minhas faces de beijos lambidos, sei que retribuis meu amor por ti.
E o melhor, cada vez que te chamo de CACHORRO abanas o rabo para mim!!!!!!!!!!!!
TE AMO, REX!!!!!
Jack Keruac
Ontem assisti a um documentário sobre a vida de Jack Keruac.
Incrível. O cara que escrevia manuscritos em rolos de papel, aquele que transcrevia o comum com olhos maravilhados e redimensionava a realidade, proporcionando ao corriqueiro a profundidade e a beleza, com suas palavras e sua visão.
Aquele que escrevia já antes de "On the Road" e continuou a escrever depois dele, e mesmo assim trabalhou em milhares de raios de profissões por não conseguir viver da literatura.
Jack se sentia estranho ao ponto de ir trabalhar com em um local isolado nas montanhas Norte Americanas, ficando sozinho por 64 dias. Apesar disso, jamais ajustou-se às regras sociais impostas, identificando-se com a noite de Nova York dos anos 50 e 60, ao som do seu adorado Charlie Parker.
Jack Keruac que não admitiu editoração nos manuscritos de "On the Road", queria escrever como Parker tocava nas Jam' sessions, expontâneo, fluído e maravilhoso. Conseguiu. Sua literatura flui pelas páginas como a vida pelas ruas e o sangue pelas veias.
Jack Keruak morreu aos quarenta e poucos anos, em conseqüência dos seus exageros. Mesmo assim, viveu muito mais que a grande maioria de nós.
Incrível. O cara que escrevia manuscritos em rolos de papel, aquele que transcrevia o comum com olhos maravilhados e redimensionava a realidade, proporcionando ao corriqueiro a profundidade e a beleza, com suas palavras e sua visão.
Aquele que escrevia já antes de "On the Road" e continuou a escrever depois dele, e mesmo assim trabalhou em milhares de raios de profissões por não conseguir viver da literatura.
Jack se sentia estranho ao ponto de ir trabalhar com em um local isolado nas montanhas Norte Americanas, ficando sozinho por 64 dias. Apesar disso, jamais ajustou-se às regras sociais impostas, identificando-se com a noite de Nova York dos anos 50 e 60, ao som do seu adorado Charlie Parker.
Jack Keruac que não admitiu editoração nos manuscritos de "On the Road", queria escrever como Parker tocava nas Jam' sessions, expontâneo, fluído e maravilhoso. Conseguiu. Sua literatura flui pelas páginas como a vida pelas ruas e o sangue pelas veias.
Jack Keruak morreu aos quarenta e poucos anos, em conseqüência dos seus exageros. Mesmo assim, viveu muito mais que a grande maioria de nós.
As aventuras da Garota Pós-Moderna
Pois é, faz tempo que a gente fala nessa idéia, e afinal ela tinha que começar de algum jeito.
Esse é o blog da Garota Pós-Moderna, dando corpo às várias conversas de boteco, do msn, dos corredores da faculdade, telefone, scraps do orkut.
A Garota Pós-moderna é um arquétipo vivido por cada uma de nós, situações que nunca fariam parte da vida de nossas mães ou avós, simplesmente por que elas não tinha que lidar com esse mundinho doido de hoje. Outras situações que fazem parte da nossa vida e de todas as nossas antepassadas, pois são parte do maravilhoso e enigmática universo feminino.
Então Garotas, o livro está aberto!
Esse é o blog da Garota Pós-Moderna, dando corpo às várias conversas de boteco, do msn, dos corredores da faculdade, telefone, scraps do orkut.
A Garota Pós-moderna é um arquétipo vivido por cada uma de nós, situações que nunca fariam parte da vida de nossas mães ou avós, simplesmente por que elas não tinha que lidar com esse mundinho doido de hoje. Outras situações que fazem parte da nossa vida e de todas as nossas antepassadas, pois são parte do maravilhoso e enigmática universo feminino.
Então Garotas, o livro está aberto!
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